sábado, 22 de março de 2014

Vestibulando Digital - Redação / Aula 12 (Poesia e prosa)



Poesia
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Trovadores: imagem do Cancioneiro da Ajuda, século XIII.

A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. "Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice."[1] O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.[2]

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
Índice
[esconder]

1 História
2 Gêneros poéticos
3 Licença poética
4 Referências
5 Bibliografia
6 Ver também

[editar] História
A tábua Dilúvio da Epopeia de Gilgamesh em acadiano, por volta do segundo milênio a.C.

Ver artigos principais: História da poesia e Teoria literária

A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita.[3] Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas de Zoroastro (1200-900 aC), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas.[4] A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monolitos, pedras rúnicas e estelas.

O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.[5] Outras antigas poesias épicas incluem os épicos gregos Ilíada. e Odisseia, os livros iranianos antigos Gathas Avesta e Yasna, o épico nacional romano Eneida, de Virgílio, e os épicos indianos Ramayana e Mahabharata.

Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta, e o que distingue a poesia boa da má, resultou na "poética", o estudo da estética da poesia. Algumas sociedades antigas, como a chinesa através do Shi Jing, um dos Cinco Clássicos do confucionismo, desenvolveu cânones de obras poéticas que tinham ritual bem como importância estética. Mais recentemente, estudiosos têm se esforçado para encontrar uma definição que possa abranger diferenças formais tão grandes como aquelas entre The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer e Oku no Hosomichi de Matsuo Basho, bem como as diferenças no contexto que abrangem a poesia religiosa Tanakh, poesia romântica e rap.[6]

O contexto pode ser essencial para a poética e para o desenvolvimento do gênero e da forma poética. Poesias que registram os eventos históricos em termos épicos, como Gilgamesh ou o Shahnameh, de Ferdusi,[7] serão necessariamente longas e narrativas, enquanto a poesia usada para propósitos litúrgicos (hinos, salmos, suras e hadiths) é suscetível de ter um tom de inspiração, enquanto que elegia e tragédia são destinadas a invocar respostas emocionais profundas. Outros contextos incluem cantos gregorianos, o discurso formal ou diplomático,[8] retórica e invectiva políticas,[9] cantigas de roda alegres e versos fantásticos, e até mesmo textos médicos.[10]

O historiador polonês de estética Władysław Tatarkiewicz, em um trabalho acadêmico sobre "O Conceito de Poesia", traça a evolução do que são na verdade dois conceitos de poesia. Tatarkiewicz assinala que o termo é aplicado a duas coisas distintas que, como o poeta Paul Valéry observou, "em um certo ponto encontram união. [...] A poesia é uma arte baseada na linguagem. Mas a poesia também tem um significado mais geral [...] que é difícil de definir, porque é menos determinado: a poesia expressa um certo estado da mente.[11]
[editar] Gêneros poéticos

Permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, eloquente, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
[editar] Licença poética

Ver artigo principal: Licença poética

A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
Referências

↑ ALMEIDA (sXVI) apud MUHANA, 2006.
↑ ARISTÓTELES. Poética, IX-50.
↑ Muitos estudiosos, particularmente aqueles que pesquisaram a tradição homérica e os épicos orais dos Balcãs, sugerem que a escrita antiga mostra traços nítidos de velhas tradições orais poéticas, incluindo o uso de frases repetidas como blocos construídos em grandes unidades poéticas. Uma forma rítmica e repetitiva poderia fazer uma longa história mais fácil de ser lembrada e recontada, antes da escrita estar disponível como uma ajuda para a memória.
↑ Para uma breve discussão recente, ver Frederick Ahl and Hannah M. Roisman. The Odyssey Re-Formed. Ithaca, New York: Cornell University Press, (1996), p. 1–26, ISBN 0-8014-8335-2. Outros sugerem que a poesia não necessariamente precedeu a escrita. Veja, por exemplo, Jack Goody. The Interface Between the Written and the Oral. Cambridge, England: Cambridge University Press, (1987), p. 98, ISBN 0-521-33794-1.
↑ N.K. Sanders (Trans.). The Epic of Gilgamesh. London, England: Penguin Books, edição revisada (1972), p. 7–8.
↑ Ver, por exemplo, Grandmaster Flash and the Furious Five. "The Message", Sugar Hill, (1982).
↑ Abolqasem Ferdowsi (Dick Davis, Trans.). Shahnameh: The Persian Book of Kings. New York, New York: Viking, (2006), ISBN 0-670-03485-1.
↑ Por exemplo, no mundo árabe, a diplomacia foi muito executada através da forma poética, no século XVI. Veja Natalie Zemon Davis. Trickster's Travels. Hill & Wang, (2006), ISBN 0-8090-9435-5.
↑ Exemplos de invectiva política incluem poesia difamatória e o epigramas de Marcial e Catulo.
↑ Na Grécia Antiga, trabalhos médicos e acadêmicos muitas vezes eram escritos em forma de métricas. Um milênio e meio depois, muitos dos textos médicos de Avicena foram escritas em versos.
↑ Władysław Tatarkiewicz, "The Concept of Poetry, " Dialectics and Humanism, vol. II, no. 2 (primavera de 1975), p. 13.

[editar] Bibliografia

ALMEIDA, Manuel Pires de (1597-1655). Discurso sobre o poema heróico. Manuscrito depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa), cota: Casa do Cadaval, vol.1, fls.629-37.
MUHANA, Adma Fadul. Poesia e pintura ou pintura e poesia. São Paulo: EDUSP, 2002.
MUHANA, Adma Fadul. Discurso sobre o poema heróico. Comentário. REEL – Revista Eletrônica de Estudos Literários, Vitória, a. 2, n. 2, 2006.
HANSEN, João Adolfo. Alegoria: construção e interpretação da metáfora. São Paulo: Atual, 1986.

[editar] Ver também
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Categoria: Poesia

Prosa é o nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos.

"Prosa" é uma palavra de duplo sentido, pois pode designar uma forma (um texto escrito sem divisões rítmicas intencionais -- alheias à sintaxe, e sem grandes preocupações com ritmo, métrica, rimas, aliterações e outros elementos sonoros), e pode designar também um tipo de conteúdo (um texto cuja função lingüística predominante não é a poética, como por exemplo, um livro técnico, um romance, uma lei, etc...). Na acepção relativa à forma, "prosa" contrapõe-se a "verso"; na acepção relativa ao conteúdo, "prosa" contrapõe-se a "poesia".

Aristóteles já observava, em sua "Poética", que nem todo texto escrito em verso é "poesia", pois na época era comum se usar os versos até em textos de natureza científica ou filosófica, que nada tinham a ver com poesia. Da mesma forma, nem tudo que é escrito em forma de prosa tem conteúdo de prosa.

O lingüista Roman Jakobson define "poesia" a partir das funções da linguagem: "poesia" é o texto em que a função poética predomina sobre as demais. Assim, um texto escrito em forma de prosa pode ser considerado de "poesia", se sua função principal, sua finalidade, for poética. A tal texto pode-se dar o nome de prosa poética ou poesia em prosa. Pois é "prosa" em sua forma; mas "poesia" em sua função, em sua essência, nos sentimentos que transmite.

Historicamente, o marco de início da prosa poética é geralmente associado aos simbolistas franceses, entre os quais Baudelaire e Mallarmé; no Brasil esse início também está associado aos simbolistas, principalmente ao Poeta Negro: o grande Cruz e Sousa, que tem cinco obras em prosa poética: Tropos e Fantasias (1893); Missal (1893); Evocações (1898); Outras Evocações (obra póstuma) e Dispersos (obra póstuma).

A partir do século XX o gênero foi adotado por muitos poetas e poetisas, de estilos e inclinações muito diversos. A essas obras está reservado esse novo espaço, que já de saída inclui algumas obras de poetas como Cláudio Willer e José Geraldo Neres que já faziam parte de nosso acervo. Hoje apresentamos um novo poeta adepto desse gênero: Jorge Amaral.
Divisões

Costuma-se dividir a prosa em três subgêneros especificadores: o romance, o conto e a novela.

O romance é um tipo de história onde há um conflito principal, prolongado com conflitos menores, vindos dos painéis de época, das divagações filosóficas, da observação dos costumes, etc.

O conto é um tipo de história mais curta, construído geralmente com um único conflito, com poucas personagens.

A novela também é um tipo de história curta, que pode apresentar um ou mais conflitos (normalmente de tamanho intermediário entre o conto e o romance, com a particularidade de a novela ter um andamento mais episódico, dando a impressão de capítulos separados.

Vale destacar que, em relação a estrutura temos dois tipos de texto: Poesia e Prosa.
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