terça-feira, 17 de março de 2015

DE VOLTA AO COMEÇO...



Os dias de nós dois.

Eu sempre quis fazer uma retrospectiva a respeito dos “dias de nós dois”; afinal, pra mim, vale muito a pena lembrar e relembrar coisas e momentos tão felizes, tão bons. Então, aí vai. 1998: um ano que “começou” meio mal pra mim. A palavra “começar” é mesmo a melhor delas, a mais apropriada. Eu não esperava mesmo que as coisas pudessem tomar o rumo que tomaram. Quem diria que fosse um “começo” tão ruim que fosse dar no que deu de tão bom! Foi mesmo uma virada.
16 de março (segunda-feira), as aulas reiniciam. Como de costume, eu me sentia uma coisa do outro mundo quando chegava lá na UECE; três anos e eu ainda não me sentia bem (à vontade) naquele lugar. As primeiras semanas, óóóbvio, eram as mais difíceis. Eu nem sequer conseguia tomar conhecimento das pessoas à minha volta – e nem fazia questão – sempre foi e fui assim. No caso da classe, só o Sam, e porque sentava do meu lado e era dessas pessoas que olham pra gente (como eu) sem incomodar, sem constranger, daí só com ele era eu mesma e relaxava.

            O jogo das figuras
            ... as coincidências me impressionaram muito. Quem diria! Você sentado lá atrás, quase o último e eu... sem notar ainda. Foi preciso todo aquele reboliço, as carteiras mais-ou-menos em círculo, as figuras jogadas no chão, cada um de nós devíamos escolher três delas. No final, teríamos que explicar o porquê das escolhas. Juntei uma pirâmide, um portal e uma paisagem bucólica com direito a vaquinha e tudo. Foi engraçado. Você não pegou nenhuma.  Na hora de se explicar, voltamos ao jardim da infância, foi quase como se dissesse: - ah, prof! Eu não peguei nenhuma porque aquela menina ali, pegou as minhas. Todos riram e se entreolharam. Eu, fiquei sem jeito.  E aí então abrimos os trabalhos. Nós tínhamos exatamente as mesmas impressões sobre as mesmas coisas.

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