domingo, 23 de março de 2014

OLP - “Cuidado com plágios”


Luiz Henrique Gurgel
Um dos momentos mais importantes da Olimpíada é a escolha dos textos que irão representar uma cidade inteira. E essa difícil tarefa é de responsabilidade da Comissão Julgadora Municipal que deve ser a mais representativa possível e estar atenta aos critérios propostos pela Olimpíada. A data limite para a conclusão do trabalho e envio de textos para as Comissões Estaduais é o dia 21 de setembro. Clique e assista ao tutorial com indicações para a Comissão. Também existe um curso (acesse aqui) que todo avaliador deve fazer, com orientações e os critérios para a seleção. Para mais detalhes, veja aqui os folderes produzidos especialmente para avaliadores e para o responsável pela Comissão.

Para garantir a isenção, o avaliador que está na Comissão e que tem acesso aos textos não sabe o nome da escola, do estudante ou do professor, já que estes dados não apareceram para ele, mesmo que receba o texto impresso. Se preferir, poderá lê-los diretamente na tela do computador. “Pela primeira vez temos os alunos digitando seus textos no próprio espaço da Comunidade Virtual e apenas o representante da Olimpíada no município terá acesso a todos os textos dos participantes. E só os textos que estiverem no sistema é que poderão ser avaliados”, explica Maria Tereza Cardia, a Matê, da coordenação da Olimpíada. Ela lembra que as escolas também foram orientadas a mandar textos impressos para as secretarias, mas eles deveriam estar ao mesmo tempo cadastrados no sistema. “Enviaram textos até aqui para nós, por engano, inclusive textos manuscritos. Algumas escolas não se detalharam na leitura das orientações, pois não havia necessidade de enviar texto escrito, tinha que ter sido digitado no sistema e impresso a partir dele”. Caso a secretaria não tenha recebido o texto impresso, o representante da OLP na cidade poderá imprimi-lo a partir da página da Comunidade Virtual.

Outro esclarecimento importante, segundo Matê, é sobre os municípios que não fizeram adesão, mas que tem escolas estaduais ou federais que enviaram textos. “Nesse caso, a comissão julgadora será formada pela Diretoria Regional de Ensino que atende aos municípios que estão nessa situação. As escolas devem acompanhar e participar”.

Sonia Madi alerta: “Cuidado com plágios

Em várias edições da Olimpíada apareceram textos com um problema grave: eram cópias, às vezes literais, de textos de outros autores. Houve caso de estudante reproduzir, quase na íntegra, um poema pouco conhecido de Olavo Bilac. Outra vez, um artigo de opinião foi tirado, inteiro, de um blog. “É devastador para um aluno saber que ele recebeu um prêmio que não merecia. É preciso cuidado com o plágio”, alerta Sonia Madi, coordenadora da Olimpíada. Esse tipo de problema chegou a acontecer em semifinais, quando o aluno já tinha passado pela Comissão Estadual. “O aluno viajou com sua professora, representava o seu município e utilizava um texto que não era dele. Quando vivemos isso, achamos muito grave premiar um aluno nessa situação. Não podíamos fechar os olhos e ser coniventes. Nós preferimos tirá-lo da festa e ele saber que isso tinha acontecido. É gravíssimo para ele, para o professor e para uma cidade que o colocou nas alturas e que providenciou tudo para que ele viajasse. Não era justo”, afirma.


Para evitar esse tipo de problema, uma equipe da Olimpíada faz a verificação de todos os 500 textos selecionados nos Estados antes da semifinal. São utilizados programas e aplicativos que rastreiam páginas da internet comparando o texto. “Com isso evitamos esse problema. Quando encontramos um plágio, ocorre a desclassificação e o aluno não participará das oficinas nessa fase”.

Segundo Sonia, é fundamental que as secretarias de educação tentem evitar situações como essas, checando os textos. Uma consulta ao Google com trechos do texto, uma vez com aspas e outra sem, pode ajudar a tirar dúvidas. Também é possível utilizar programas gratuitos como o Viper (acessível pela página http://viper.softonic.com.br/) que buscam cópias na internet. E caso se depararem com o problema, deve-se alertar a escola e o professor sobre o acontecido. “Isso merece uma conversa, o supervisor de ensino deve visitar a escola. Não se trata de fazer uma condenação pública, afinal estamos lidando com crianças e alunos em formação. Mas deve chamar a professora e o aluno e dizer que isso é grave”.

Ela também alerta para evitar exageros: “Nem tudo que é citação de outro autor é considerado plágio. É preciso ficar evidente quando ele cita ou se inspira em outro autor. Por isso é importante fazer o curso de formação para a comissão. É importante saber que critérios usamos para a escolha desses textos. E cuidado para não levar esses critérios a ferro e fogo. Se a música do texto, se a escuta emociona, se toca, se é sensível vale a pena levar isso em consideração”.

Conheça outras ferramentas gratuitas para verificar plágios:
http://www.pesquisamundi.org/2012/04/melhores-ferramentas-gratuitas-para.html

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