Serpentes e Dragões: cobras e lagartos.
         Répteis, nome comum aos membros 
da classe chamada reptília. São animais de sangue frio, sua temperatura 
corpórea varia de acordo com o ambiente. Devido a esse fato, hibernam 
nas regiões onde há inverno frio e estivam nas regiões quentes, podendo 
assumir um estado latente quando o calor é intenso.
         Os primeiros répteis apareceram 
durante o período carbonífero da era Paleozóica. A maioria dos animais 
dessa espécie foram desaparecendo no decorrer do tempo, não se sabendo 
ao certo como, a exemplo, os dinossauros, os “lagartos gigantes”. 
         Há quem não creia na existência 
dos “dinos”, há os que crêem em dragões, monstros fabulosos, e os que 
dizem ter visto a serpente marinha, “o monstro do lago Ness” 
         Os dragões são seres 
imaginários, das lendas e mitologia oriental. Zoomorficamente, parecem 
grandes crocodilos (tão comuns no rio Nilo), possuem asas, garras 
enormes, rabo comprido e cospe fogo. No antigo Oriente médio, eram a 
expressão do mal e da destruição, conceito que foi transmitido às 
escrituras hebraicas e herdado pelos cristãos. Já,  as serpentes, são 
seres bem reais, mas que costumam ter ou receber um toque aterrador em 
suas características naturais; um acréscimo titanicamente monstruoso 
         No Egito, uma deusa de nome 
Sekhmet (a poderosa, deusa da guerra) vigia os homens e seus feitos com 
“o terceiro olho” (o uraeus) do deus criador do mundo (Ptah), na forma 
de uma serpente, como que preparada para dar o bote a qualquer tempo. E,
 ainda conta a história que houve uma rainha egípcia, de nome Cleópatra,
 que deixou-se picar por uma víbora. 
         Na Babilônia, havia um deus em 
forma de dragão (Marduk) que chegou a ser considerado o maior deus 
nacional. Segundo a Bíblia, Nabucodonosor, rei babilônico, veio a 
Jerusalém e a sitiou. Daniel, o profeta do cativeiro, um dos filhos de 
Judá renomeado Beltessazar (Bel), a quem Deus deu o conhecimento, 
inteligência em toda cultura e sabedoria, tornou-se entendido em todas 
as visões e sonhos. No segundo reinado de Nabucodonosor, teve este uns 
sonhos que perturbaram seu espírito. Então, o rei mandou chamar todos os
 sábios do lugar para que lhe pudessem dar as interpretações. Como 
nenhum deles se achou preparado ou não soubesse interpretar, foram 
jurados de morte.  Mas, Daniel, foi ao encontro do rei e lhe pode  
revelar o mistério dos sonhos. Nabucodonosor, caiu aos seus pés, 
prostrado e, construiu um templo a ele dedicado, em cujas portas 
encontram-se talhadas figuras de dragões.
         Em Creta, a serpente é o animal divinizado. A deusa das serpentes simboliza a fertilidade da “mãe-terra”.
         Segundo o gênesis, relato da 
criação, de crença cristã, no paraíso a serpente (o mal insinuante, o 
caos) tentou Eva a compartilhar o fruto proibido com Adão, 
ocasionando-lhes a expulsão. Já, no Apocalipse, no dia do juízo final, 
haverá “uma mulher vestida de sol”, com a lua debaixo dos pés e uma 
coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita, com as
 dores do parto, sofrendo tormento. E haverá um grande dragão vermelho, 
que, com sua cauda arrastará as estrelas do céu e procurará devorar o 
rebento: filho varão, que há de reger todas as nações. Mas, o dragão 
será arremessado contra a terra, ainda tentando engolir a mulher, que é 
salva por Miguel e seus anjos. 
         Durante o segundo Império 
romano, existiam seitas agnóstica, as “oftas”, que veneravam a figura da
 serpente como símbolo de espiritualidade e sabedoria. 
         Na Idade Média, São Jorge, 
mártir cristão, tornou-se santo e padroeiro da Inglaterra e Portugal. As
 lendas o envolvem em histórias fantasiosas como a do confronto com um 
dragão (o próprio demônio) em uma cidade pagã da Líbia; e histórias que 
apontam sua participação nas Cruzadas, ajudando os cristãos no cerco da 
Antióquia, contra os turcos (muçulmanos) pela libertação de Jerusalém (a
 retomada do Santo Sepulcro).
         Muitas vezes, as representações 
de dragões e serpentes se confundem, e outras, se fundem entre si e a 
outras formas humanas ou animais. a exemplo disso, existem  na 
mitologia, o cão Cérbero (o guardião da entrada do mundo subterrâneo de 
Hades), de três cabeças, cauda de dragão; Quimera, monstro que solta 
fogo pela boca, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão: a 
Gorgona, Medusa, criatura terrível, que tinha o poder de petrificar a 
quem lhe mirasse os olhos, semelhante a um dragão, e com serpentes ao 
invés de cabelos: Cécrope (metade homem e metade serpente), fundador de 
Atenas e da civilização grega; e Grifo, criatura lendária do Oriente 
Médio, representado na literatura e nas artes plásticas, com cabeça, 
bico e asas de águia, corpo e pernas de leão, e cauda de serpente. 
         O dragão e a serpente estão nos 
contos, nas fábulas, parábolas e em outras histórias. La Fontaine, por 
exemplo, escreveu ä parábola “o homem e a cobra”; e Monteiro Lobato, 
escreveu “o homem e serpente”, cuja mensagem negativa, da existência do 
mal em certos seres como algo definitivo e irremediável, o que o fez não
 incluir tal parábola em seu volume “fábulas”.
         Na mitologia de países do 
Extremo Oriente, China e Japão, o dragão representa o poder espiritual 
supremo, sendo a presença mais antiga e onipresente da arte e 
significando tanto poder terreno e celestial, quanto conhecimento e 
força, além de proporcionar saúde e boa sorte.
         Na China se conta que um dragão e
 uma serpente, visitaram Buda antes de morrer, e por gratidão lhes foram
 concedidos o poder de reger, cada qual, um ano correspondente no 
horóscopo (anual) chinês.
         A dança da serpente (dança de 
invocação da chuva) é um ritual realizado pelas sociedades dos índios 
hopi do norte da América, num festival que dura quase um mês. São 
capturadas de 50 a 60 serpentes, divididas entre os participantes.  A 
dança consiste em sustentar  uma serpente entre os dentes enquanto se 
movimenta sinuosamente. No dia seguinte da cerimônia elas devem ser 
devolvidas, ilesas, à natureza, para que difundam a notícia de que os 
hopi vivem em harmonia com o mundo natural e espiritual.
         No México, no Peru, e em muitos 
outros lugares, existem vários vestígios de cultos à (deidades) 
serpentes. Em Xochicalco, se encontra a Pirâmide das Serpentes 
Emplumadas, em homenagem ao deus Quetzalcóat; em Zempoala, cidade 
mixteca, encontra-se um enorme templo circular (também em homenagem ao 
deus serpente); em  Uxmal há edificações decoradas com figuras de 
serpentes bicéfalas; e há uma antiga cidade maia de nome Pelenque, que 
quer dizer “casa das serpentes”. A lenda asteca diz que os deuses 
apontaram o local para a fundação de seu império, deveria ser erguida no
 lugar onde encontrassem uma águia devorando uma serpente. Tempos depois
 tal lugar foi encontrado e o previsto realizado. A arte inca e tolteca 
também traz sua figuração em tecidos e cerâmica.
         No Brasil, os mitos indígenas 
relativos à criação do mundo e da humanidade trazem elementos em comum 
com outros do mundo inteiro. Um exemplo dado pelos irmãos  Vilas Boas, 
os mitos dos índios do Alto Xingu dizem que  Mavutsinim, o primeiro 
homem transformou a “concha da lagoa” em mulher, dando origem à 
humanidade. Em seguida foram criados os animais, o primeiro deles, a 
serpente, como dizem os Guaranis. 
         Um relato interessante é o dos 
índios das tribos Nambikwara que além de acreditar na vida após a morte 
também crêem que a morte é prenunciada quando se cruza no caminho com um
 lagarto. No livro de João Ubaldo Ribeiro, “o sorriso do lagarto”, o 
personagem central, João Pedroso se sente estranhamente incomodado com 
um lagarto que parece lhe encarar e sorrir com mofa, enigmaticamente, 
mostrando e recolhendo a língua repetidamente. E no final de tudo, se 
encontra morto: “... não podia realmente fugir dele”. Se for mesmo assim, é bem melhor encontrar uma pedra no meio do caminho, em vez de um lagarto. 
         As serpentes e os dragões: 
deuses, demônios, o bem e o mal, alados, marinhos, de fogo, de água, de 
terra, de madeira, de metal, de verdade, de mentira, real ou virtual: 
“na roda da vida”. 
..........................................Pitaia (pitaya em PE) é o nome dado ao fruto de várias espécies de cactos epífitos, principalmente do Mandacarú nativo da Caatinga nordestina, sobretudo do género Hylocereus mas também Selenicereus, nativas de regiões da América do Sul e também cultivadas em Israel e na China . O termo pitaia significa fruta escamosa, também sendo chamada de fruta-dragão em algumas línguas, como o inglês. Como a planta só floresce pela noite (com pequenas flores brancas) são também chamadas de Flor-da-Noite ou Dama da Lua.
fruta dragão -
..........................................Pitaia (pitaya em PE) é o nome dado ao fruto de várias espécies de cactos epífitos, principalmente do Mandacarú nativo da Caatinga nordestina, sobretudo do género Hylocereus mas também Selenicereus, nativas de regiões da América do Sul e também cultivadas em Israel e na China . O termo pitaia significa fruta escamosa, também sendo chamada de fruta-dragão em algumas línguas, como o inglês. Como a planta só floresce pela noite (com pequenas flores brancas) são também chamadas de Flor-da-Noite ou Dama da Lua.
fruta dragão -
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