sábado, 25 de janeiro de 2014

PRODUÇÃO TEXTUAL - VERSÃO ORIGINAL (COM ERROS E TUDO) - SERPENTES E DRAGÕES: COBRAS E LAGARTOS

Serpentes e Dragões: cobras e lagartos.
Répteis, nome comum aos membros da classe chamada reptília. São animais de sangue frio, sua temperatura corpórea varia de acordo com o ambiente. Devido a esse fato, hibernam nas regiões onde há inverno frio e estivam nas regiões quentes, podendo assumir um estado latente quando o calor é intenso.
Os primeiros répteis apareceram durante o período carbonífero da era Paleozóica. A maioria dos animais dessa espécie foram desaparecendo no decorrer do tempo, não se sabendo ao certo como, a exemplo, os dinossauros, os “lagartos gigantes”.
Há quem não creia na existência dos “dinos”, há os que crêem em dragões, monstros fabulosos, e os que dizem ter visto a serpente marinha, “o monstro do lago Ness”
Os dragões são seres imaginários, das lendas e mitologia oriental. Zoomorficamente, parecem grandes crocodilos (tão comuns no rio Nilo), possuem asas, garras enormes, rabo comprido e cospe fogo. No antigo Oriente médio, eram a expressão do mal e da destruição, conceito que foi transmitido às escrituras hebraicas e herdado pelos cristãos. Já, as serpentes, são seres bem reais, mas que costumam ter ou receber um toque aterrador em suas características naturais; um acréscimo titanicamente monstruoso
No Egito, uma deusa de nome Sekhmet (a poderosa, deusa da guerra) vigia os homens e seus feitos com “o terceiro olho” (o uraeus) do deus criador do mundo (Ptah), na forma de uma serpente, como que preparada para dar o bote a qualquer tempo. E, ainda conta a história que houve uma rainha egípcia, de nome Cleópatra, que deixou-se picar por uma víbora.
Na Babilônia, havia um deus em forma de dragão (Marduk) que chegou a ser considerado o maior deus nacional. Segundo a Bíblia, Nabucodonosor, rei babilônico, veio a Jerusalém e a sitiou. Daniel, o profeta do cativeiro, um dos filhos de Judá renomeado Beltessazar (Bel), a quem Deus deu o conhecimento, inteligência em toda cultura e sabedoria, tornou-se entendido em todas as visões e sonhos. No segundo reinado de Nabucodonosor, teve este uns sonhos que perturbaram seu espírito. Então, o rei mandou chamar todos os sábios do lugar para que lhe pudessem dar as interpretações. Como nenhum deles se achou preparado ou não soubesse interpretar, foram jurados de morte. Mas, Daniel, foi ao encontro do rei e lhe pode revelar o mistério dos sonhos. Nabucodonosor, caiu aos seus pés, prostrado e, construiu um templo a ele dedicado, em cujas portas encontram-se talhadas figuras de dragões.
Em Creta, a serpente é o animal divinizado. A deusa das serpentes simboliza a fertilidade da “mãe-terra”.
Segundo o gênesis, relato da criação, de crença cristã, no paraíso a serpente (o mal insinuante, o caos) tentou Eva a compartilhar o fruto proibido com Adão, ocasionando-lhes a expulsão. Já, no Apocalipse, no dia do juízo final, haverá “uma mulher vestida de sol”, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita, com as dores do parto, sofrendo tormento. E haverá um grande dragão vermelho, que, com sua cauda arrastará as estrelas do céu e procurará devorar o rebento: filho varão, que há de reger todas as nações. Mas, o dragão será arremessado contra a terra, ainda tentando engolir a mulher, que é salva por Miguel e seus anjos.
Durante o segundo Império romano, existiam seitas agnóstica, as “oftas”, que veneravam a figura da serpente como símbolo de espiritualidade e sabedoria.
Na Idade Média, São Jorge, mártir cristão, tornou-se santo e padroeiro da Inglaterra e Portugal. As lendas o envolvem em histórias fantasiosas como a do confronto com um dragão (o próprio demônio) em uma cidade pagã da Líbia; e histórias que apontam sua participação nas Cruzadas, ajudando os cristãos no cerco da Antióquia, contra os turcos (muçulmanos) pela libertação de Jerusalém (a retomada do Santo Sepulcro).
Muitas vezes, as representações de dragões e serpentes se confundem, e outras, se fundem entre si e a outras formas humanas ou animais. a exemplo disso, existem na mitologia, o cão Cérbero (o guardião da entrada do mundo subterrâneo de Hades), de três cabeças, cauda de dragão; Quimera, monstro que solta fogo pela boca, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão: a Gorgona, Medusa, criatura terrível, que tinha o poder de petrificar a quem lhe mirasse os olhos, semelhante a um dragão, e com serpentes ao invés de cabelos: Cécrope (metade homem e metade serpente), fundador de Atenas e da civilização grega; e Grifo, criatura lendária do Oriente Médio, representado na literatura e nas artes plásticas, com cabeça, bico e asas de águia, corpo e pernas de leão, e cauda de serpente.
O dragão e a serpente estão nos contos, nas fábulas, parábolas e em outras histórias. La Fontaine, por exemplo, escreveu ä parábola “o homem e a cobra”; e Monteiro Lobato, escreveu “o homem e serpente”, cuja mensagem negativa, da existência do mal em certos seres como algo definitivo e irremediável, o que o fez não incluir tal parábola em seu volume “fábulas”.
Na mitologia de países do Extremo Oriente, China e Japão, o dragão representa o poder espiritual supremo, sendo a presença mais antiga e onipresente da arte e significando tanto poder terreno e celestial, quanto conhecimento e força, além de proporcionar saúde e boa sorte.
Na China se conta que um dragão e uma serpente, visitaram Buda antes de morrer, e por gratidão lhes foram concedidos o poder de reger, cada qual, um ano correspondente no horóscopo (anual) chinês.
A dança da serpente (dança de invocação da chuva) é um ritual realizado pelas sociedades dos índios hopi do norte da América, num festival que dura quase um mês. São capturadas de 50 a 60 serpentes, divididas entre os participantes. A dança consiste em sustentar uma serpente entre os dentes enquanto se movimenta sinuosamente. No dia seguinte da cerimônia elas devem ser devolvidas, ilesas, à natureza, para que difundam a notícia de que os hopi vivem em harmonia com o mundo natural e espiritual.
No México, no Peru, e em muitos outros lugares, existem vários vestígios de cultos à (deidades) serpentes. Em Xochicalco, se encontra a Pirâmide das Serpentes Emplumadas, em homenagem ao deus Quetzalcóat; em Zempoala, cidade mixteca, encontra-se um enorme templo circular (também em homenagem ao deus serpente); em Uxmal há edificações decoradas com figuras de serpentes bicéfalas; e há uma antiga cidade maia de nome Pelenque, que quer dizer “casa das serpentes”. A lenda asteca diz que os deuses apontaram o local para a fundação de seu império, deveria ser erguida no lugar onde encontrassem uma águia devorando uma serpente. Tempos depois tal lugar foi encontrado e o previsto realizado. A arte inca e tolteca também traz sua figuração em tecidos e cerâmica.
No Brasil, os mitos indígenas relativos à criação do mundo e da humanidade trazem elementos em comum com outros do mundo inteiro. Um exemplo dado pelos irmãos Vilas Boas, os mitos dos índios do Alto Xingu dizem que Mavutsinim, o primeiro homem transformou a “concha da lagoa” em mulher, dando origem à humanidade. Em seguida foram criados os animais, o primeiro deles, a serpente, como dizem os Guaranis.
Um relato interessante é o dos índios das tribos Nambikwara que além de acreditar na vida após a morte também crêem que a morte é prenunciada quando se cruza no caminho com um lagarto. No livro de João Ubaldo Ribeiro, “o sorriso do lagarto”, o personagem central, João Pedroso se sente estranhamente incomodado com um lagarto que parece lhe encarar e sorrir com mofa, enigmaticamente, mostrando e recolhendo a língua repetidamente. E no final de tudo, se encontra morto: “... não podia realmente fugir dele”. Se for mesmo assim, é bem melhor encontrar uma pedra no meio do caminho, em vez de um lagarto.
As serpentes e os dragões: deuses, demônios, o bem e o mal, alados, marinhos, de fogo, de água, de terra, de madeira, de metal, de verdade, de mentira, real ou virtual: “na roda da vida”.



..........................................Pitaia (pitaya em PE) é o nome dado ao fruto de várias espécies de cactos epífitos, principalmente do Mandacarú nativo da Caatinga nordestina, sobretudo do género Hylocereus mas também Selenicereus, nativas de regiões da América do Sul e também cultivadas em Israel e na China . O termo pitaia significa fruta escamosa, também sendo chamada de fruta-dragão em algumas línguas, como o inglês. Como a planta só floresce pela noite (com pequenas flores brancas) são também chamadas de Flor-da-Noite ou Dama da Lua.
fruta dragão - 

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