domingo, 23 de setembro de 2018

ESTILÍSTICA...


Figuras de linguagem, palavra ou grupo de palavras utilizadas para dar ênfase a uma ideia ou sentimento. As mais difundidas, denominadas também tropos, são as seguintes:
ANTICLÍMAX
Série de ideias que abruptamente diminuem em importância e dignidade ao final de um período ou passagem, geralmente para lograr um efeito satírico.
ANTÍTESES
Justaposição de duas palavras, frases, cláusulas ou orações de significado oposto com o fim de enfatizar o contraste de ideias.
APÓSTROFE
Figura pela qual o narrador interrompe o discurso para dirigir-se a uma pessoa ausente ou morta, a um objeto inanimado ou a uma ideia abstrata.
CLÍMAX
Disposição de palavras, cláusulas ou períodos segundo sua ordem de importância ou segundo um critério de graduação ascendente.
COMPARAÇÃO OU SÍMIL  Relação entre duas classes de ideias ou objetos que se estabelece mediante a conjunção comparativa como ou qual e fórmulas afins como tal, semelhante, assim; flexões do verbo parecer, semelhar-se ou figurar; termos que indicam parentesco ou imitação, e aposição.
CONCEITO  Metáfora elaborada, com frequência extravagante, que estabelece uma analogia entre coisas totalmente díspares.
EUFEMISMO  Substituição de um termo ou frase que tem conotações desagradáveis ou indecorosas por outros mais delicados ou inofensivos. Tem também conotações irônicas e serve, em muitos casos, como reforço de moral dúbia e atenuante de preconceitos.
EXCLAMAÇÃO  Expressa uma emoção intensa como o temor, a dor ou a surpresa. Distingue-se pela entonação.
HIPÉRBOLE  Figura que consiste em exagerar os traços de uma pessoa ou coisa, onde está implícita uma comparação ou uma metáfora.
INTERROGAÇÃO RETÓRICA  Uma afirmativa com ênfase na resposta contida na pergunta propriamente dita, ou em outros casos, a ausência ou impossibilidade de resposta.
IRONIA  Figura de dicção onde as palavras parecem transmitir um significado contrário ao sentido literal, entre o humor e o sarcasmo.
LITOTES  Também chamada atenuante, consiste em dizer menos, para dizer mais. O procedimento da diminuição é complemento do aumento próprio da hipérbole.
METÁFORA  Uso de uma palavra ou frase que denota uma ideia ou objeto em lugar de outra com o fim de sugerir um vínculo entre ambas. Elimina todos os nexos e fórmulas da comparação. Também pode explicar-se como uma dupla sinédoque.
METONÍMIA  Uso de uma palavra ou frase por outra com a qual tem uma relação de contiguidade, como causa e efeito, o concreto pelo abstrato, o instrumento pela pessoa que o utiliza e outras construções similares.
ONOMATOPEIA  Imitação com palavras dos sons naturais: frufru, tique-taque, tilintar. A harmonia imitativa é uma figura próxima da onomatopeia e a aliteração (Ver Versificação) e por ela podem reproduzir-se certos efeitos auditivos e até emotivos pela repetição de determinados fonemas.
PARADOXO  Enunciado que parece absurdo para o sentido comum ou para as ideias preconcebidas.
PERSONIFICAÇÃO  Representação de objetos inanimados ou ideias abstratas como seres vivendes. É frequente nas fábulas.
SINÉDOQUE  Rege-se pela relação de inclusão; no caso da metonímia, a relação é de continuidade: o todo pela parte, a parte pelo todo.

Retórica, em seu sentido mais amplo, teoria e prática da eloquência, seja falada ou escrita. A retórica falada é a oratória. A retórica define as regras que regem toda composição ou discurso em prosa que se propõem influir na opinião ou no sentimento das pessoas.
RETÓRICA CLÁSSICA  O poder de eloquência que demonstram Nestor, Odisseu e Aquiles na Ilíada levou muitos gregos a considerarem Homero como o pai da oratória. Em Atenas, no ano de 510 a.C. era essencial o desenvolvimento da habilidade da oratória; assim surgiu um grupo de mestres conhecidos como sofistas, que se propuseram a ensinar aos homens a falar melhor, segundo as regras desta arte. Platão satirizou seu tratamento mais técnico e discutiu a essência da arte retórica. Aristóteles definiu a retórica como a arte da persuasão. Em Roma, grandes mestres como Cícero e Quintiliano foram influenciados pelos modelos gregos. A retórica constituiu, junto com a Gramática e a Dialética, o Trivium, isto é, as três disciplinas preliminares das sete artes liberais ministradas nas universidades da Idade Média. Apesar da sua decadência desde finais do século XVIII, autores como Victor Hugo, Baudelaire ou Valéry oferecem as normas modernas de uma nova retórica, que pesquisadores como Roland Barthes, Roman Jakobson, os  formalistas russos ou o new criticism anglo-americano, consideram um prolongamento enriquecido da antiga.

Texto literário – um romance, um conto ou uma poesia (palavra posta no papel com a preocupação da obra de arte) que recolha ou provoque uma emoção de ordem estética.

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