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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Madrugada’s


Havia um turbilhão de sentimentos em mim.
Um desejo ardente, frenético, que incendiava todo o meu ser
Alí, eu sabia defrontar-me com ele
E caminhar soberana por entre o fogo dos infernos
Era assim desde aquele dia
Acordava sobressaltada no meio da noite. Febril mesmo
Como se um vulcão a qualquer momento explodisse dentro dela
Atravessava o corredor: sôfrega
Tomava ar e água, como se apagasse o fogo – tomava banho
Mas o fogo é o fascínio das deusas/dos deuses
Voltava pelo corredor
Entrava no quarto e olhava o/seu mundo.
-          ele dormia o sono dos anjos
enquanto me reportava ao início das eras
-          enfado... sono...inércia
Viajava pelo mundo/por um mundo de extintos/instintos tão primitivos e biológicos!
Ou tudo aquilo era química dos corpos!
O odor natural é homogêneo
E seus braços ansiavam ardentes
E seu corpo palpitava ofegante
E seu corpo incendiava
-          o dia amanhecia
(...)

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