Os dias de nós
dois.
Eu sempre quis
fazer uma retrospectiva a respeito dos “dias de nós dois”; afinal, pra mim,
vale muito a pena lembrar e relembrar coisas e momentos tão felizes, tão bons.
Então, aí vai. 1998: um ano que “começou” meio mal pra mim. A palavra “começar”
é mesmo a melhor delas, a mais apropriada. Eu não esperava mesmo que as coisas
pudessem tomar o rumo que tomaram. Quem diria que fosse um “começo” tão ruim
que fosse dar no que deu de tão bom! Foi mesmo uma virada.
16 de março (segunda-feira), as aulas
reiniciam. Como de costume, eu me sentia uma coisa do outro mundo quando
chegava lá na UECE; três anos e eu ainda não me sentia bem (à vontade) naquele
lugar. As primeiras semanas, óóóbvio, eram as mais difíceis. Eu nem sequer
conseguia tomar conhecimento das pessoas à minha volta – e nem fazia questão – sempre
foi e fui assim. No caso da classe, só o Sam, e porque sentava do meu lado e
era dessas pessoas que olham pra gente (como eu) sem incomodar, sem
constranger, daí só com ele era eu mesma e relaxava.
O jogo das figuras
... as coincidências me impressionaram muito. Quem diria!
Você sentado lá atrás, quase o último e eu... sem notar ainda. Foi preciso todo
aquele reboliço, as carteiras mais-ou-menos em círculo, as figuras jogadas no
chão, cada um de nós devíamos escolher três delas. No final, teríamos que
explicar o porquê das escolhas. Juntei uma pirâmide, um portal e uma paisagem
bucólica com direito a vaquinha e tudo. Foi engraçado. Você não pegou nenhuma. Na hora de se explicar, voltamos ao jardim da
infância, foi quase como se dissesse: - ah, prof! Eu não peguei nenhuma porque
aquela menina ali, pegou as minhas. Todos riram e se entreolharam. Eu, fiquei
sem jeito. E aí então abrimos os
trabalhos. Nós tínhamos exatamente as mesmas impressões sobre as mesmas coisas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.