Garota não vá se distrair
E acreditar que o mundo vive com a inocência desse seu olhar
Você se engana e se dá mal, com tipinho anormal,
E a sociedade vai te condenar
Morreu violentada por que quis!
Saía, falava, dançava,
Podia estar quieta e ser feliz
Calada, acuada, castrada…
Agora não dá mais para sonhar
O seu diário na TV
Não há segredos mais para ocultar
Todos vão saber que era criança
Que amava muito os pais
Que tinha um gato e outros pecados mais
Aída Curi era rock, Aracelli balão mágico
Cláudia Lessin a geração de Reich,
O que eu não vou classificar
É a dor do pai, a dor da mãe
Que ela poderia ser, mas não vai
Queremos o seguinte no jornal
Quem mata menina se dá mal
Sendo gente de bem ou marginal
Quem fere uma irmã tem seu final
por ( ), dia 08/04/2014 às 07:09
A situação é extremamente preocupante:
No Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação.
Sem nenhum
controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos
(aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos
brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram
pela frente:
A sacralidade da
família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para
com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher
os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a
castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião,
o temor amoroso para com Deus.
Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo!
Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal…
A vida é sucesso, é
romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que
cada um faz e constrói como bem quer e entende!
Na telinha tem a
Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o
amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho…
Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê…
Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória…
Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família…
Na telinha tem o
show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o
cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama…
Enquanto na
realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes
grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com
uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande
parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das
pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a
injustiça social…
É a telinha destruindo valores e criando ilusão…
E quando se
questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle
sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas:
(1) assiste quem quer e quem gosta...,
(2) a programação é espelho da vida real...,
(3) controlar a informação é antidemocrático e ditatorial…
Assim, com tais
desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes
dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da
sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão
envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do
paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…
Um triste e último
exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e
também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…).
Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa:
“Meus heróis!”
“Meus guerreiros!”
- Pobre Brasil!
Que tipo de heróis, que guerreiros!
E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!
Como o programa é
feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e
preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que
chegamos!
Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia…
A grande
preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a
forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranquilamente
dá-se as mãos para invocar Jesus…
Um jesusinho bem
tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma
influência no comportamento público e privado das pessoas…
Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês…
Que não tem nada a
ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho,
misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a
vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós
conversão contínua!
Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado…
Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”
Até quando a televisão vai assim?
Até quando nós brasileiros ficaremos calados?
Pior ainda:
Até quando os pais
deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem
conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e
equilibrada censura?
Isso mesmo:
Censura!
Os pais devem ter a
responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem,
que sites da Internet seus filhos visitam e, assim, orientar,
conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de
comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa.
Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem!
Ninguém é feliz na
vida fazendo tudo o que quer, ninguém amadurece se não conhece
limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre
valores sólidos…
E ninguém terá
valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar,
buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a
consciência e deturpa a razão!
Aqui não se trata
de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave
que tem provocado danos seriíssimos na sociedade.
Quem dera que de
um modo ou de outro, estas linhas de editorial servissem para fazer
pensar, discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas
pessoas diante dos meios de comunicação.
Matéria enviada por e-mail pelo ouvinte:
Antônio Sérgio Raposo